Tumores do Pâncreas

O pâncreas é um órgão localizado na região abdominal e faz parte do sistema digestivo, possuindo função tanto endócrina quanto exócrina. Sua função exócrina está associada à produção do suco pancreático e de enzimas que participam do processo de digestão de gorduras, proteínas e carboidratos. Já a parte endócrina é responsável principalmente pela produção de insulina e glucagon, hormônios essenciais para a regulação dos níveis de glicose no sangue. 

O pâncreas pode ser acometido por patologias sólidas e císticas. Entre as principais lesões císticas podemos destacar o pseudocisto pancreático, o cistoadenoma seroso de caráter benigno e o cistoadenoma mucinoso, que apresenta características de malignidade. Na maioria dos casos, as lesões císticas não costumam demandar intervenção cirúrgica, exceto nos casos de suspeita de malignidade. 

Os tumores malignos que acometem o pâncreas são predominantemente os adenocarcinomas, correspondendo a mais de 90% de todos os tumores que acometem esse órgão. O câncer pancreático tende a apresentar caráter agressivo e evolução rápida. Os principais sintomas de alerta para o câncer de pâncreas são perda de peso, dores abdominais, icterícia (coloração amarelada de pele e esclera), fadiga e alteração na coloração de fezes e urina. 

O tratamento dependerá da localização do tumor, extensão da doença e de características particulares do paciente. A melhor abordagem cirúrgica depende em grande parte da localização, sendo que tumores localizados no corpo e na cauda do pâncreas geralmente necessitam de cirurgias de menor porte, como a pancreatectomia corpo caudal. Esse procedimento pode ser realizado por videolaparoscopia, proporcionando um pós-operatório com menos chances de complicações e menor tempo de recuperação. Já as lesões localizadas na cabeça do pâncreas costumam apresentar maior complexidade e podem exigir cirurgias maiores como a famosa cirurgia de Whipple, na qual há remoção de parte do estômago, duodeno e vesícula biliar juntamente com o pâncreas. Segundo o Dr. Guilherme Cotta, é importante salientar que cada caso deve ser sempre avaliado individualmente, e a melhor opção terapêutica dependerá das condições clínicas e dos valores de cada paciente.

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