As hérnias são abaulamentos caracterizados pela protusão de um ou mais órgãos da cavidade abdominal, devido à má formação ou enfraquecimento da musculatura do abdômen. Dessa forma, o órgão que antes era mantido dentro da cavidade abdominal consegue escapar por um orifício, formando um abaulamento na região. 

As principais hérnias de parede abdominal são as hérnias inguinais (localizadas na virilha), hérnia umbilical, hérnia epigástrica (acima da região do umbigo) e também as hérnias incisionais (que ocorrem em locais de cicatrizes, por serem regiões de maior fragilidade muscular). Em muitos casos, as hérnias manifestam-se de forma assintomática, apresentando apenas um pequeno abaulamento da região ou leve desconforto quando o paciente realiza atividades de esforço. No entanto, a depender da localização e tamanho da hérnia, o principal sintoma pode ser de dor, que piora com esforços físicos e manobras de pressão. 

Dependendo da complexidade de cada hérnia, pode haver algumas complicações, como por exemplo o encarceramento da hérnia; ou seja: parte do órgão que passou pelo orifício fica preso, gerando dores de forte intensidade. Além disso, pode haver também o estrangulamento da hérnia, causando um comprometimento na circulação do órgão, sendo essas, situações que necessitam de uma cirurgia de emergência para resolver o problema e evitar maiores danos. 

O tratamento das hérnias costuma ser cirúrgico, e pode ser realizado por via aberta ou laparoscópica, dependendo do tamanho e da localização da hérnia. Além disso, em alguns casos são utilizadas telas especiais para reforço da parede abdominal. De acordo com o Dr. Guilherme Cotta, todos os aspectos da cirurgia, como a abordagem e a necessidade ou não de telas e demais procedimentos devem ser abordados com o paciente, e dependerão sempre de cada caso, considerando as particularidades e necessidades de cada paciente.