As glândulas adrenais, também conhecidas por suprarrenais, são glândulas endócrinas responsáveis pela liberação e produção de inúmeros hormônios que atuam de forma sistêmica no organismo. Entre seus principais hormônios, podemos destacar a liberação de aldosterona (responsável pela absorção de sódio e água, participando dessa forma do controle da pressão arterial, produção de cortisol, envolvido na resposta ao estresse), excreção de hormônios sexuais (principalmente a testosterona), além de sintetizar e secretar adrenalina e noradrenalina (hormônios que regulam o sistema nervoso autônomo, controlando funções cardíacas, respiratórias e digestivas). 

Algumas patologias que acometem as suprarrenais estão associadas ao aumento dos níveis de hormônios produzidos, como é o caso do aumento de aldosterona circulante, que caracteriza o hiperaldosteronismo primário e a síndrome de Cushing. O Dr. Guilherme Cotta explica que, a depender da gravidade de cada caso, pode ser necessária a realização de uma cirurgia para remover a glândula, denominada de adrenalectomia, que atualmente é realizada por videolaparoscopia, tendo se tornado um procedimento muito mais rápido e seguro. O tratamento visa a normalizar os níveis hormonais e controlar os sintomas. 

Outra patologia que pode acometer a medula das glândulas adrenais é um tumor denominado de feocromocitoma, no qual há aumento da produção de adrenalina e noradrenalina, gerando um quadro clínico de hipertensão arterial, palpitações, sudorese excessiva e dor de cabeça. Nesses casos, a abordagem cirúrgica também está indicada para a remoção do tumor.